Obrigado..

Obrigado, Senhor, por atribuir-me a missão de ensinar
e por fazer de mim um professor no mundo da educação.

Eu te agradeço pelo compromisso de formar tantas pessoas e te ofereço todos os meus dons.

São grandes os desafios de cada dia, mas é gratificante ver os objetivos alcançados, na graça de servir, colaborar e ampliar os horizontes do conhecimento.

Quero celebrar as minhas conquistas exaltando também
o sofrimento que me fez crescer e evoluir.

Quero renovar cada dia a coragem de sempre recomeçar.

Senhor!
Inspira-me na minha vocação de mestre e comunicador para melhor poder servir.

Abençoa todos os que se empenham neste trabalho iluminando-lhes o caminho .

Obrigado, meu Deus,
pelo dom da vida e por fazer de mim um educador hoje e sempre.

Amém!

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“Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos fragmentos de um futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente. Que a escola, ela mesma, seja um fragmento do futuro...” (Rubem Alves)

Por que, porquê?





Quando e por que se escreve "porque" ou "por quê" e o porquê dessas variações formais?!?!?!?!
Porque
Usado quando pode ser substituído por: "pois", "que", "porquanto", "uma vez que", "pelo fato", "pelo motivo" e outras conjugações explicativas e causais.
  • Choveu, porque o chão está molhado.
  • Acho que morreu, porque parou de respirar.
Na prática, é escrito numa só palavra se atua como substantivo ou termo de ligação (relação de causa entre um termo e outro: "Faltou ao trabalho porque caiu da cama"). Indica que um termo depende do outro.
É equivocada a informação de que porque se divide em duas palavras sempre que há pergunta. No exemplo interrogativo abaixo, expõe- se uma causa, que exige resposta positiva ou negativa:
  • Porque (causa) é bem pago ele trabalha demais?
Porquê
Usado numa só palavra acentuada quando substantivo, sinônimo de motivo, causa , razão:
  • Ignoro o porquê do escândalo 
  • Os porquês dela são insondáveis
Por que
É usado em duas palavras nas perguntas e sempre que puder se substituído por:
  • "a razão pela qual", "por qual razão", "por qual motivo", "o motivo pelo qual";
  • "para que", "pelo qual", "pelos quais".
OBS: Escreve-se o por  separado do que  quando o que tem função de pronome relativo ou pronome interrogativo.
  • Não sei por que o candidato do povo ficou rico.
  • Agora sei por que (razão) ele votou no governo.
  • Quero saber (a razão) por que ele não veio. 
Por quê 
É usado em duas palavras, com acento, nos mesmos casos anteriores, mas no fim da frase, caso em que, por convenção, que se torna palavra tônica. No caso de que seguido de vírgula, a maioria dos sábios não o acentua, talvez por considerar que vírgula não configura fim de frase. Como há dúvida, melhor acentuá- lo apenas antes do ponto final.
  • Sofreu sem saber por quê.
  • Não sei  por quê, mas o páis vai mal.
Agora boa sorte ao escrever!!!!!!!
(L.P. ano 4)
   



Tropeços

Os "tropeços" na fala e na escrita dos brasileiros é mais comum do que muita gente imagina. Pequenas falhas, dúvidas, surgem a cada momento que se faz uso da linguagem, seja por código escrito ou falado.
1. Na sintaxe, é comum encontrarmos casos assim:
  • "Fazem" três semanas que viajei. > "Fazer", quando exprime tempo, é impessoal, fica no singular > "Faz".
  • Chegou "em" São Paulo "a" dois dias e partirá daqui "" cinco horas, a trabalho.> Verbos de movimentos exigem "a", e não "em" (vai ao cinema, levou a famíla à praia)> Chegou "a" São Paulo "há"dois dias e partirá daqui "a"cinco horas, a trabalho.
  • "Houveram" muitos carros na estrada. > "Houve"
  • "Há"dez dias "atrás" eu estava no Nordeste. > Redundância. "Há"e "atrás" têm a mesma função de indicar passado na frase. > "Há dez dias eu estava no Nordeste" ou "Dez diz atrás eu estava no Nordeste".
  • Se eu "ver"o agente de viagens de novo....> A conjugação de "ver"é: "se eu vir, revir, previr". Do verbo "vir": "se eu vier". > Se eu "vir".
  • Não "lhe"vi no aeroporto.> O pronome "lhe" substitui "a ele", "a você" por isso não pode ser usado como objeto direto: "não o convidei"; "a mulher o deixou"; "ele a ama". > Não o "vi".
  • Eis o roteiro"onde" baseei a viagem > O advérbio ou pronome relativo "onde"expressa a ideia de lugar: "O hotel onde fiquei"> Eis o roteiro "em que"baseei a viagem.
  • Entre "eu" e você > Depois de preposição (no caso, "entre"), usa-se "mim"ou "ti" > Entre "mim"e você.
  • Preferi ficar na cidade "do que "sair". > Prefere-se uma coisa "a "outra. > Preferi sair "a "ficar.
  • A guia era "meia"boba. > "Meio", como todo advérbio, varia (nãi vai para o plural nem muda de gênero) > "Meio" boba.
  • "Existe" muitos hotéis na região. > verbos como "existir", bastar", faltar", restar", e sobrar" admitem plural. > "Existem" muitos hotéis na região. 
 2.  Ortografia não é um "bicho papão", mas ainda existem muitas dúvidas: tropeços x correto
     
  • Advinhar > Adivinhar
  • Ascenção > Ascensão
  • Beneficiente > Beneficente
  • Excessão > Exceção
  • Pego em "fragrante" >"Flagrante" ("fragrante"refere-se a "fragrância")
  • Impecilho > Empecilho 
  • "Mal" uso > "Mau" ("bom"x"mau"; "bem"x "mal")
  • Pixar > Pichar 
  • "Porque" você foi?  > "Por que" (separado). Se estiver dada ou submetida a palavra "razão", é  escrito separadamente. Reserva "porque"junto, para respostas.
  • Previlégio > Privilégio
  • Vultuoso > Vultoso
  • Frustado > Frustrado

                 Na dúvida use  o dicionário!!! Não tenha vergonha, eles existem para serem usados...

3. Termos populares "vícios de linguagem", acabam por produzir ruídos na comunicação quando usados a todo instante, de forma indiscriminada, por isso cuidado para não tornar as expressões que usa em clichês.

  •  "O atraso no pagamento implicou em multa" > No sentido de ocasionar ou provocar, não pede preposição. > "O atraso no pagamento implicou multa".
  • "Reclame do problema  junto a operadora". > A locução adverbial "junto a " equivale a "perto de ". Não substitui as preposições (no caso, "em"). > "Reclame do problema à operadora".
  • "Governo cria novos empregos" > É preciso evitar a tautologia, repetição desnecessária de uma ideia ( "restaurar velho casarão", "goteira no teto ", "descer para baixo", "olhar de frente", " cortar a laranja em duas metades iguais") > "Governo cria empregos."
  • "Renato, enquanto engenheiro, deixa a desejar". > A conjunção deve ser usada quando se deseja indicar noção de temporalidade, não no lugar da conjunção "como": "Enauqnto estudávamos, outros divertiam- se" > "Renato, como engenheiro, deixa a desejar".
(Revista Língua Portuguesa, ano 4)

Troca de letras

Alice no País das Maravilhas - Maravilhas da linguagem

As aventuras de Alice é a obra mais conhecida de Lewis Carroll e uma das mais célebres do gênero literário nonsense. A obra conta a história de uma menina chamada Alice que cai em uma toca de coelho e vai parar num lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas.
A releitura e adaptação feita por Tim Burton oferece ao telespectador mais atento algumas sugestões para a explicação de importantes problemas linguísticos. Lewis Carroll não era um especialista da linguagem, por isso mesmo, o que chama a atenção são duas verdades inventadas poe ele, ambas de interesse para o estudioso da linguagem ou da semiótica.
A primeira delas é a atribuição a uma questão "linguística" do eterno desentendimento entre gatos e cachorros. O gato de Cheshire (o gato invisível) explica a Alice por que ele era louco e um cachorro, não: o cachorro rosna quando está zangado, e abana a cauda quando está contente. Mas o gato rosna (ronrona) quando está contente , e abana a cauda quando está zangado. (Lewis Carroll, Alice's Adventures in Wonderland and Though the Looking Glass. Harmondsworth, Middle-sex: Puffin Books, 1976: 88).
Em outra palavras, Lewis Carroll inventou uma belíssima explicação para a eterna briga entre cães e gatos: o "sim"em gatês quivale a um "não"em cachorrês, e vice -versa!
Lewis Carroll - e aqui vai sua segunda invenção da verdade - também questiona, com sutileza, o conceito tradicional do pronome como substituto do nome. Quando o Mosquito dentro do espelho pergunta a Alice se ela não gostaria de perder o seu nome, mas ela respone que não. E o Mosquito argumenta: se ela não tem nome, a governanta não poderia chamá- la para as lições da escola. Mas Alice responde que, embora não tivesse nome, a governata a chamaria de "senhorita" (Ididem, p. 228-9). Nessa passagem, há um questionamento a respeito do conceito de pronome. De início, Alice contradiz a definição tradicional de pronome como substituto do nome: se ela não tem nome, pode ser chamada pelo hiperônimo "menina", isto significa que "menina"também é um substituto do nome, e não se constitui num pronome.
Isso significa que, Lewis Carroll inventou a verdade de que o pronome deve ser históricamente anterior ao nome, já que se pode usar o pronome para coisas que ainda não têm nome ou para coisas cujo o nome se ignora. Se não conheço ma pessoa, pergunto a quem a conhece: "Quem é essa pessoa?". Uso dois pronomes que se tornarão desnecessários no momento em que eu aprender o nome dessa pessoa.
O Progresso da humanidade nasce mesmo é da intuição mágica das grandes sensibilidades, que faz a fama do gênio e a conquista das ciências.
(Revista Língua Portuguesa, Ano 4)
 

O idioma de Avatar.

    A revista Língua Portuguesa 53, fez menção a um assunto muito interassante referente ao  filme Avatar, que não chamou atenção de estudiosos pelos seus alienígenas azuis, efeitos especiais em três dimensões, e sim, pelo idioma concebido pelo linguista Paul Frommer para o planeta Pandora. Frommer após muitos estudos e comparações  resolveu expandir a ideia contida no roteiro do diretor James Cameron, criando uma ortografia sem comparação com nenhuma outra língua humana e sim algo de "outro palneta".
   Para conseguir esse efeito, Frommer estabeleceu características que pudessem marcar este idioma como: contraste de tons, vogais com diferentes durações e as chamadas consoantes ejetivas (consoantes oclusivas produzidas com corrente de agressiva, a partir da glote, segundo definição do dicionário Aurélio). Essa linguagem "extraterrestre" que parece, a primeiro plano fictícia, se encaixa perfeitamente no aparelho fonador humano, tornando assim coerente o fator linguístico da obra.
    No Na'vi (assim batizada a língua de Pandora) não foram incuídos os sons B, J ou CH justamente para evitar parentesco com as língua ocidentais. Foram privilegiados os sons produzidos com a língua e os lábios, sem ajuda dos pulmões, valendo- se do dialeto sul- africano XHOSA. Outra marca seria a presença de infixos. Para mudar o tempo do verbo taron ("caçar", pronunciado como "gadon"), por exemplo, em vez de acrescer uma sílaba ao início da palavra, acrescenta-se depois da letra T ( tavaron, telaron, tusaron etc...)
   Explica Borba, que várias linguas possuem infixos, como as bantu (tronco de boa parte dos idiomas africanos trazidos para o Brasil durante a escravidão), cujo plural se faz usando infixos dentro dos radicais. Esse argumento de Borda reforça a tese do exotismo linguístico pelo qual Cameron e Frommer enveredaram. Tudo que fuja do ramo itálico, de onde veio o latim, ou do germânico, de onde vieram o sueco e o inglês.
Expressões em Na'vi
Irayo......................Obrigado
Skxawng!...............Idiota!
Atxkxe...................Terra
Kaltxi. Ngaru lu......Olá, como
fpom srak?              vai você?

Ambiguidades das palavras

"A ambiguidade e a vagueza são inerentes à linguagem natural. De um lado, os termos são polissêmicos, ou seja, têm mais de um significado; de outro, o sentido constitui- se na contradição, na polêmica com outros discursos e, por isso, as formações discursivas revelam interpretações e apreciações conflitantes.
A maior parte dos termos da língua não é unívoca. Ao contrário, as palavras possuem vários significados. É essa propriedade da linguagem que permite os jogos de palavras."(Fiorin)
As relações interdiscursivas, que são contraditórias determinam um ponto de vista na interpretação e acontecimentos, que muitas vezes tornam- se cômicos. Vejamos como essa "comédia das palavras" está presente em nosso cotidiano: