Obrigado..

Obrigado, Senhor, por atribuir-me a missão de ensinar
e por fazer de mim um professor no mundo da educação.

Eu te agradeço pelo compromisso de formar tantas pessoas e te ofereço todos os meus dons.

São grandes os desafios de cada dia, mas é gratificante ver os objetivos alcançados, na graça de servir, colaborar e ampliar os horizontes do conhecimento.

Quero celebrar as minhas conquistas exaltando também
o sofrimento que me fez crescer e evoluir.

Quero renovar cada dia a coragem de sempre recomeçar.

Senhor!
Inspira-me na minha vocação de mestre e comunicador para melhor poder servir.

Abençoa todos os que se empenham neste trabalho iluminando-lhes o caminho .

Obrigado, meu Deus,
pelo dom da vida e por fazer de mim um educador hoje e sempre.

Amém!

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“Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos fragmentos de um futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente. Que a escola, ela mesma, seja um fragmento do futuro...” (Rubem Alves)

Tropeços

Os "tropeços" na fala e na escrita dos brasileiros é mais comum do que muita gente imagina. Pequenas falhas, dúvidas, surgem a cada momento que se faz uso da linguagem, seja por código escrito ou falado.
1. Na sintaxe, é comum encontrarmos casos assim:
  • "Fazem" três semanas que viajei. > "Fazer", quando exprime tempo, é impessoal, fica no singular > "Faz".
  • Chegou "em" São Paulo "a" dois dias e partirá daqui "" cinco horas, a trabalho.> Verbos de movimentos exigem "a", e não "em" (vai ao cinema, levou a famíla à praia)> Chegou "a" São Paulo "há"dois dias e partirá daqui "a"cinco horas, a trabalho.
  • "Houveram" muitos carros na estrada. > "Houve"
  • "Há"dez dias "atrás" eu estava no Nordeste. > Redundância. "Há"e "atrás" têm a mesma função de indicar passado na frase. > "Há dez dias eu estava no Nordeste" ou "Dez diz atrás eu estava no Nordeste".
  • Se eu "ver"o agente de viagens de novo....> A conjugação de "ver"é: "se eu vir, revir, previr". Do verbo "vir": "se eu vier". > Se eu "vir".
  • Não "lhe"vi no aeroporto.> O pronome "lhe" substitui "a ele", "a você" por isso não pode ser usado como objeto direto: "não o convidei"; "a mulher o deixou"; "ele a ama". > Não o "vi".
  • Eis o roteiro"onde" baseei a viagem > O advérbio ou pronome relativo "onde"expressa a ideia de lugar: "O hotel onde fiquei"> Eis o roteiro "em que"baseei a viagem.
  • Entre "eu" e você > Depois de preposição (no caso, "entre"), usa-se "mim"ou "ti" > Entre "mim"e você.
  • Preferi ficar na cidade "do que "sair". > Prefere-se uma coisa "a "outra. > Preferi sair "a "ficar.
  • A guia era "meia"boba. > "Meio", como todo advérbio, varia (nãi vai para o plural nem muda de gênero) > "Meio" boba.
  • "Existe" muitos hotéis na região. > verbos como "existir", bastar", faltar", restar", e sobrar" admitem plural. > "Existem" muitos hotéis na região. 
 2.  Ortografia não é um "bicho papão", mas ainda existem muitas dúvidas: tropeços x correto
     
  • Advinhar > Adivinhar
  • Ascenção > Ascensão
  • Beneficiente > Beneficente
  • Excessão > Exceção
  • Pego em "fragrante" >"Flagrante" ("fragrante"refere-se a "fragrância")
  • Impecilho > Empecilho 
  • "Mal" uso > "Mau" ("bom"x"mau"; "bem"x "mal")
  • Pixar > Pichar 
  • "Porque" você foi?  > "Por que" (separado). Se estiver dada ou submetida a palavra "razão", é  escrito separadamente. Reserva "porque"junto, para respostas.
  • Previlégio > Privilégio
  • Vultuoso > Vultoso
  • Frustado > Frustrado

                 Na dúvida use  o dicionário!!! Não tenha vergonha, eles existem para serem usados...

3. Termos populares "vícios de linguagem", acabam por produzir ruídos na comunicação quando usados a todo instante, de forma indiscriminada, por isso cuidado para não tornar as expressões que usa em clichês.

  •  "O atraso no pagamento implicou em multa" > No sentido de ocasionar ou provocar, não pede preposição. > "O atraso no pagamento implicou multa".
  • "Reclame do problema  junto a operadora". > A locução adverbial "junto a " equivale a "perto de ". Não substitui as preposições (no caso, "em"). > "Reclame do problema à operadora".
  • "Governo cria novos empregos" > É preciso evitar a tautologia, repetição desnecessária de uma ideia ( "restaurar velho casarão", "goteira no teto ", "descer para baixo", "olhar de frente", " cortar a laranja em duas metades iguais") > "Governo cria empregos."
  • "Renato, enquanto engenheiro, deixa a desejar". > A conjunção deve ser usada quando se deseja indicar noção de temporalidade, não no lugar da conjunção "como": "Enauqnto estudávamos, outros divertiam- se" > "Renato, como engenheiro, deixa a desejar".
(Revista Língua Portuguesa, ano 4)

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